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O gênero copaifera L.

The Copaifera L. genus

Resumo

This review details the history, chemistry and pharmacology of the Copaifera L. genus (Leguminosae - Caesalpinoideae), including copaiba oils.

Copaifera; copaiba oil; diterpenes


Copaifera; copaiba oil; diterpenes

Revisão

O GÊNERO Copaifera L.

Valdir F. Veiga Junior e Angelo C. Pinto*

Instituto de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro, CT, Cidade Universitária, Ilha do Fundão, 21945-970 Rio de Janeiro - RJ

*e-mail: angelo@iq.ufrj.br

Recebido em 12/12/00; aceito em 4/7/01

THE Copaifera L. GENUS. This review details the history, chemistry and pharmacology of the Copaifera L. genus (Leguminosae - Caesalpinoideae), including copaiba oils.

Keywords:Copaifera; copaiba oil; diterpenes.

INTRODUÇÃO

Os trabalhos realizados sobre o gênero Copaifera L. estão, em sua maioria, relacionados com o óleo que é exudado do tronco destas árvores, o óleo de copaíba, facilmente encontrado na região tropical da América Latina. Desde os primeiros anos do descobrimento do Brasil, o óleo de copaíba vem sendo indicado para diversos fins, farmacológicos ou não.

Por sua ampla utilização, muitos estudos foram realizados sobre este gênero, abordando suas diversas aplicações. Apesar dos mais de 200 trabalhos publicados em diversas línguas, muitos dados sobre a composição química e atividade farmacológica do óleo de copaíba são contraditórios. Há equívocos desde a identificação botânica até a composição química dos óleos de copaíba, que são também freqüentemente misturados a outros óleos e adulterados.

É, portanto, objetivo deste trabalho realizar uma revisão sobre o gênero Copaifera L., abordando sua história, química e farmacologia.

CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA, DISTRIBUIÇÃO DO GÊNERO Copaifera E O ÓLEO DE COPAÍBA

A nomenclatura botânica segue, como norma, os nomes mais antigos dados às plantas. Em alguns casos, entretanto, são feitas exceções frente à utilização corrente de outros nomes. Uma destas exceções está nas leguminosas, cujo nome mais antigo é Faba, mas Fabaceae Lindley dá lugar a Leguminosae Juss., na nomenclatura desta que é uma das mais importantes famílias botânicas. A classificação mais moderna da família Leguminosae a divide em três sub-famílias: Caesalpinoideae, Mimosoideae e Papilionoideae (ou Faboideae)1. Por esta classificação, que segue o sistema de Engler, o gênero Copaifera L. pertence à família Leguminosae Juss., sub-família Caesalpinoideae Kunth. Segundo outro sistema de classificação, o de Cronquist, o gênero Copaifera L. pertence à família Caesalpiniaceae R.Br. A classificação apenas como Fabaceae também é encontrada em alguns livros2,3.

Muitos botânicos e cronistas que estiveram nas Índias Ocidentais e na América no início da colonização descreveram espécies do gênero Copaifera. Em 1628, MarcGrave e Piso descreveram os aspectos morfológicos da planta, empregando o termo "Copaiba" sem designar espécies4. Mais tarde verificou-se, através dos caracteres descritos pelos dois cronistas, que a espécie estudada foi a Copaifera martii5. Em 1760, Jacquin6 descreveu em detalhes a primeira Copaifera como Copaiva officinalis Jacq. mas, como não possuía o fruto, baseou sua descrição nos aspectos do fruto da espécie estudada por MarcGrave e Piso. Somente dois anos depois, o cientista sueco Carl von Linneu descreveu corretamente a Copaifera officinalis7, assumindo a descrição oficial do gênero Copaifera L.

Em 1825, Hayne8 publicou uma monografia com oito novas espécies de Copaifera que, apesar de um pouco confusa em vista do conhecimento atual, constituiu o mais importante tratado de descrição do gênero e serviu como base para estudos como o de Bentham, no Flora Brasiliensis, realizado durante a expedição com o naturalista von Martius9, em 1870.

Os trabalhos mais recentes de descrição de novas espécies foram os realizados por Harms e Ducke, este último com contribuições de extremo valor sobre as espécies da Região Amazônica10,11 e do estado do Ceará12, e por Dwyer, que realizou um levantamento das espécies americanas13,14.

As copaíbas são árvores nativas da região tropical da América Latina e também da África Ocidental. Na América Latina são encontradas espécies na região que se estende do México ao norte da Argentina5,9,14-16.

Segundo a última edição do Index Kewensis17, o gênero Copaifera possui 72 espécies, sendo que dezesseis destas só são encontradas no Brasil5.

Popularmente conhecidas como copaibeiras ou pau d'óleo, as copaíbas são encontradas facilmente nas Regiões Amazônica e Centro-oeste do Brasil. Entre as espécies mais abundantes, destacam-se: C. officinalis L. (norte do Amazonas, Roraima, Colombia, Venezuela e San Salvador)18, C. guianensis Desf. (Guianas), C. reticulata Ducke, C. multijuga Hayne (Amazônia), C. confertiflora Bth (Piauí), C. langsdorffii Desf. (Brasil, Argentina e Paraguay), C. coriacea Mart. (Bahia), C. cearensis Huber ex Ducke (Ceará)19-23.

No Brasil, a espécie C. langsdorfii Desf. é particularmente importante por estar distribuída por todo o território (da Amazônia a Santa Catarina, no nordeste e centro-oeste) e por possuir quatro diferentes variedades: C. langsdorfii var. grandifolia, grandiflora, laxa e glabra24.

Na África Ocidental são descritas 19 espécies na região que inclui Congo, Camarões, Guiné e Angola. Destas, as espécies C. convertifolia, C. demeusii (Copal do Congo)25, C. coleosperma (Copal da Rodésia)26, C. conjugata, C. hymenaefolia, C. chodatiana e C. fissicuspis27, descritas como pertencentes ao gênero Copaifera, têm sinonímia nos gêneros Guibourtia28, Gorakia (Gorakia conjugata)28 e Cynometra (C. fissicuspis)5,13,29. Nesta região são comuns as citações de âmbares (óleo-resinas fossilizadas) provenientes de espécies do gênero Copaifera25,26.

Há, ainda, a citação de uma espécie encontrada na Ilha de Bornéo, Malásia, chamada de Copaifera palustris, que apresenta caracteres bastante semelhantes aos das espécies africanas e ao gênero Pseudosindora30.

A Figura 1 mostra o mapeamento das regiões onde espécies do gênero Copaifera foram encontradas.


As copaibeiras são árvores de crescimento lento, alcançam de 25 a 40 metros de altura, podendo viver até 400 anos. O tronco é áspero, de coloração escura, medindo de 0,4 a 4 metros de diâmetro. As folhas são alternadas, pecioladas e penuladas. Os frutos contêm uma semente ovóide envolvida por um arilo abundante e colorido. As flores são pequenas, apétalas, hermafroditas e arranjadas em panículos axilares6,15,21,,31,32,33.

A floração e frutificação das copaíbas ocorrem a partir dos 5 anos de idade, em plantios. A floração ocorre entre outubro e julho e a frutificação entre junho e outubro, com variações dentro destes intervalos, dependendo da região e clima, com ausência de florescimento anual, em algumas regiões34,35.

Nectíferas, algumas espécies, como a Copaifera langsdorfii, são polinizadas no período diurno, de 8:00 às 16:00 horas, com grande participação de Trigona sp e Apis mellifera36, tendo sido encontrados grãos de pólen provenientes de Copaifera em amostras de mel do estado do Ceará37.

À época da frutificação, as copaíbas são visitadas no período diurno por aves, as quais são as maiores responsáveis pela dispersão de suas sementes, como o tucanuçu (Ramphastos toco), a galha-do-campo (Cyanocorax cristatellus) e o sabiá, que engolem o arilo e regorgitam a semente34. No período noturno, as copaíbas são ponto de encontro de diversos mamíferos, como os macacos mono-carvoeiros (Cebus apella nigritus)38, observados no Parque Nacional de Iguazu, na Argentina, e que utilizam sua copa como ponto de descanso noturno, como pequenos roedores que apreciam os frutos e são atraídos pelo cheiro de cumarina presente nas sementes maduras e, por último, os silvícolas, no norte do país, que apreciam a carne destes pequenos roedores e utilizam as copaíbas como local de espera de caça.

A biologia das sementes de C. langsdorfii foi estudada por diversos pesquisadores que abordaram desde sua morfologia e anatomia39, passando pela sua conservação40 e maturação41, até a germinação42.

Sua identificação botânica é difícil, sendo realizada, na maioria das vezes, segundo características das flores, como: pubenescência das sépalas, comprimento dos anteros e a condição glaborosa ou não do pistilo5. As características dos frutos são igualmente importantes, mas estes são dificilmente encontrados em coleções botânicas.

A designação correta para o óleo da copaíba é a de óleo-resina, por ser um exudato constituído por ácidos resinosos e compostos voláteis43. Também é chamado, erroneamente, de bálsamo de copaíba44,45, apesar de não ser um bálsamo verdadeiro, por não conter derivados do ácido benzóico ou cinâmico 5,21,46.

O óleo de copaíba é encontrado em canais secretores localizados em todas as partes da árvore. Estes canais são formados pela dilatação de espaços intercelulares (meatos) que se intercomunicam no meristema, chamados de canais esquizógenos47. O caráter mais saliente deste aparelho secretor está no tronco, onde os canais longitudinais, distribuídos em faixas concêntricas, nas camadas de crescimento demarcadas pelo parênquima terminal, reúnem-se com um traçado irregular, em camadas lenhosas, muitas vezes sem se comunicarem15,47. Segundo alguns autores, o óleo é produto da desintoxicação do organismo vegetal e funciona como defesa da planta contra animais, fungos e bactérias15.

São vários os métodos relatados para a retirada do óleo de copaíba. Antigamente, obtinha-se o óleo através de cortes a machado no tronco, o que inutilizava a árvore48. A incisão em V, colocando-se abaixo vasos apropriados para receber o óleo, à semelhança da extração de borracha47,49, e o chamado método do arrocho, que consiste em selar o tronco, abaixo das incisões, com embiras e cipós e coletar o óleo da árvore até o seu esgotamento, provocando sua morte, são métodos há muito tempo abandonados47. A retirada por meio de bomba de sucção também é descrita50, porém pouco difundida.

A única prática de coleta não agressiva é aquela realizada através de uma incisão com trado a cerca de 1 metro de altura do tronco15,51. Terminada a coleta, o orifício é vedado com argila para impedir a infestação da árvore por fungos ou cupins. A argila pode ser facilmente retirada, permitindo que se façam outras coletas no mesmo tronco52, obtendo-se quantidade de óleo igual ou mesmo superior a da primeira retirada15. Nesta primeira extração a quantidade de óleo obtido varia bastante. Alguns cronistas descreveram que uma única árvore pode gerar até 40 ou 50 litros de óleo por ano4,49,53, apesar de nem todas as espécies serem capazes de produzir essa quantidade21.

O interesse na madeira de determinadas espécies de Copaifera também é grande. Sua superfície é lisa, lustrosa, durável, de alta resistência a ataque de xilófagos e baixa permeabilidade, própria para fabricação de peças torneadas e de marcenaria em geral54. A árvore também é utilizada na fabricação de carvão55 e pelas indústrias de construção civil e naval22,34.

O interesse pela madeira e a utilidade do óleo de copaíba fez com que o governo imperial regulasse a derrubada das copaibeiras através de um ato expedido em 1818, segundo o qual as árvores só poderiam ser derrubadas por conta do estado, vendidas com 20% de lucro para a produção de mastros e vergas de navio56.

Apesar deste ato, as árvores continuaram a ser derrubadas até os dias atuais, com a sua extração não racional. O interesse na madeira e os desmatamentos crescentes na Região Amazônica acabaram transformando o óleo de copaíba em subproduto da indústria madeireira. Sua fonte nos mercados municipais de Manaus e Belém, varia de acordo com a situação das estradas que levam os caminhões com madeira por toda parte. No estado de Rondônia é comum encontrar mulheres e filhos de madeireiros ao longo da estrada que liga Porto Velho a Ariquemes e Ji-Paraná, vendendo óleo de copaíba em baldes de plástico. Hoje em dia, a maior parte do óleo é obtido através do processo de extração total, com a derrubada da árvore.

O óleo de copaíba é um líquido transparente cuja coloração varia do amarelo ao marrom. Para a utilização farmacológica os óleos mais escuros e viscosos57 são os preferidos49,50,58-62. Somente na espécie C. langsdorfii o óleo de copaíba apresenta-se vermelho, semelhante ao sangue de dragão (Croton sp.), recebendo a denominação popular de copaíba vermelha63,64.

Segundo Lawrence65, as espécies botânicas mais freqüentemente utilizadas na produção de óleo são: C. reticulata (70%), C. guianensis (10%), C. multijuga (5%) e C. officinalis (5%).

Dentro de determinada espécie produtora também ocorrem variações quali e quantitativas66. Algumas árvores praticamente não exudam óleo ou o fazem em quantidades muito pequenas para coleta (o que os mateiros chamam de "árvores macho")67. A quantidade de resina pode ser influenciada (aumentada) por fatores como o aumento de luminosidade e a diminuição de nitrogênio no solo68. Nos estudos realizados com C. multijuga, com retiradas periódicas de óleo de copaíba, foram obtidas maiores quantidades de óleo na estação chuvosa em árvores localizadas em terreno argiloso15.

Um dos aspectos interessantes da copaíba é o procedimento da retirada do óleo utilizado pelos indígenas e ainda observado no interior do Brasil. Muitos destes procedimentos são considerados místicos pela ciência de hoje, embora tenham sido adquiridos pelos indígenas através da experimentação empírica durante milhares de anos. Vários cronistas, que estiveram na América Latina em regiões tão diferentes como a bacia amazônica e do Prata e o nordeste brasileiro, relatam a utilização das mesmas técnicas por índios separados por milhares de quilômetros.

Segundo o Príncipe Maximiliano69, que esteve na região do Espírito Santo no início do século XIX, "...é crença geral que a incisão deva ser feita em lua cheia e o óleo colhido no quarto minguante...". João Ferreira Rosa, em seu Tratado Único da Constituição Pestilencial70, de 1694, relatava: "Neste pau, nas noites de lua cheia, quando os frutos estão maduros, se faz golpe até a medula,..., correr óleo em grande quantidade.".

Ainda hoje os mesmos procedimentos são seguidos pelos silvícolas, alguns deles, com muito misticismo. Afirmam que quando o machado atinge o cerne, a árvore dá um longo suspiro e o óleo começa a correr56. Para a retirada do óleo, segundo estes, a árvore não deve ser olhada diretamente (para a copa), sob pena da árvore secar e o óleo voltar para a terra. A ascendência do óleo da terra é comumente relatada por mateiros do norte do país, embora não encontrada na literatura. Segundo alguns deles, sob a influência da lua cheia de agosto, o óleo sobe da terra para a árvore e esta é a época mais indicada para a retirada do óleo. Vários relatos confirmam este período de coleta53,70,71.

HISTÓRICO E APLICAÇÕES DO ÓLEO DE COPAÍBA

A origem do nome copaíba parece vir do tupi cupa-yba, a árvore de depósito, ou que tem jazida, em alusão clara ao óleo que guarda em seu interior72. Chamado de copaíva73 ou copahu74 pelos indígenas (do tupi: Kupa'iwa74 e Kupa'ü75, respectivamente), e cupay, na Argentina e no Paraguai (guarani)76, o óleo de copaíba e suas propriedades medicinais eram bastante difundidos entre os índios latino-americanos à época que aqui chegaram os primeiros exploradores europeus no século XVI. Este conhecimento, tudo indica, veio da observação do comportamento de certos animais que, quando feridos, esfregavam-se nos troncos das copaibeiras para cicatrizarem suas feridas77,78, como observou o holandês Gaspar Barléu78,79:

"...Vêem-se estas plantas esfoladas pelo atrito dos animais, que, procuram instintivamente este remédio da natureza..."

As propriedades do óleo tão apreciado pelos índios, que o usavam principalmente como cicatrizante e antiinflamatório, fizeram com que a copaíba fosse uma das primeiras espécies a serem descritas pelos cronistas portugueses80-82.

A primeira citação sobre o óleo talvez tenha sido em uma carta de Petrus Martius ao Papa Leão X, publicada em Estrasburgo em 1534, em que a droga utilizada pelos índios era chamada de "Copei"5.

Uma publicação da mesma época do padre Jesuíta José Acosta, "De Natura Novi Orbis", foi traduzida do latim para o francês em 1606. Na tradução portuguesa de José Maffeu, intitulada "História Natural e Moral das Índias", encontra-se o seguinte trecho83:

"... o bálsamo é celebrado com razão por seu excelente odor, e muito maior efeito para curar feridas, e outros diversos remédios para enfermidades, que nele se experimentam...

...nos tempos antigos os índios apreciavam em muito o bálsamo, com ele os índios curavam suas feridas e que delas aprenderão os espanhóis..."

O jesuíta José de Anchieta, em sua longa carta ao Padre Geral, datada de São Vicente, em fins de 1560, comenta as utilidades do óleo de copaíba84:

"...exala um cheiro muito forte porém suavíssimo e é ótimo para curar feridas, de tal maneira que em pouco tempo nem mesmo sinal fica das cicatrizes."

A descoberta da terapêutica indígena permitiu que os primeiros médicos que trabalharam no Brasil contornassem parcialmente a escassez dos remédios empregados na Europa, cujo suprimento à Colônia era intermitente. As práticas indígenas eram tão difundidas, que os viajantes sempre se abasteciam destes medicamentos, "comprovadamente eficientes", antes de excursões por regiões pouco conhecidas82.

As utilidades farmacológicas do óleo de copaíba também foram citadas em 1576, por Pero Magalhães Gandavo, um dos primeiros cronistas da História Brasileira67,85.

As citações mais remotas da aceitação desta farmacopéia indígena na América pelos europeus datam de 1587, quando Gabriel Soares de Sousa (c.1540-c.1592), no seu "Tratado Descritivo do Brasil", registrou a utilização do óleo de copaíba e chamou os produtos medicinais utilizados pelos índios de "as árvores e ervas da virtude"82.

Todos os mais importantes cronistas que estiveram no Brasil relataram as propriedades dos óleos de copaíba. Ainda no século XVI, Jean de Lery74, em 1578, e os padres Fernão Cardim77, em 1584, Francisco Soares86, em 1594 e Simão Travaços87, em 1596, citam o óleo como um excelente cicatrizante.

No século XVII, vários outros viajantes relatam as propriedades deste óleo, como Rodrigues88, em 1607, Silveira89, em 1624, e Morão90, em 1677, ano em que o óleo de copaíba foi inserido na farmacopéia britânica19.

São muitas as denominações que o óleo das copaibeiras recebe nas diversas regiões da América Latina onde é utilizado. Na Região Amazônica o uso do óleo de copaíba é tão extenso, que a copaíba destaca-se como a planta medicinal mais utilizada e conhecida pela população91. O óleo pode ser encontrado em mercados populares e é conhecido por diferentes denominações, como: Copahyba, Copaibarana61, Copaúba, Copaibo, Copal, Maram, Marimari e Bálsamo dos Jesuítas57.

Fora da Região Amazônica a espécie mais comum é a Copaifera langsdorfii, conhecida por diversos nomes nas várias regiões onde é encontrada, a saber: óleo-de-copaíba (RJ, SP, ES), óleo-pardo, óleo-vermelho (BA, RJ, SP), bálsamo, caobi, capaíba, capaúba (MS), coopaíba (MG), copaí, copaibeira, copaibeira-de-minas, copaúba (SP), copaíba-preta, copaíba-de-várzea, copaíba-vermelha, óleo-amarelo, óleo-capaíba (BA, MG), copaúva, cupaúva, cupiúva, cupiuba, oleiro, óleo (MG, PR), pau-óleo (PR), pau-óleo-de-copaíba, pau-óleo-do-sertão (BA), pau-d'óleo, podoi (PI, CE), e copaibeira nos demais estados do sul do país92.

Na Venezuela o óleo de copaíba é o aceite de palo, cabimba, cabima, aceite de zaraza ou balsamo de copaiba e na França, o huile de copahu, baume de copahu ou huile rouge de copayer93.

A confusão de nomes é bastante grande mesmo dentro de um só estado. A Copaifera martii, por exemplo, é conhecida no Pará como copaíba ou copaíba jutaí, em Óbidos, jutaí pororoca, em Montalegre e copaibarana, em Santarém93. Jutaí e copaibarana também são nomes populares de outras duas leguminosas: Hymenea courbaril e Macrolobium microcalix32, respectivamente. Copaibuçu (ou, copaíba grande) é um nome atribuído a Ficus gameleira (Moraceae)94, pela semelhança da copa das duas árvores quando encontradas em regiões abertas95.

Não só os nomes mas também os óleos de copaibeiras são confundidos com óleos de árvores de outros gêneros da família Leguminosae. A confusão mais comum ocorre com os óleos do gênero Eperua. Apesar de mais resinosos e de coloração diferente, esverdeados, os óleos exudados das espécies E. oleifera e E. purpurea são conhecidos popularmente com nomes correlatos aos da copaíba, como copaíba-jacaré20 e copaibarana, respectivamente11. O óleo da espécie E. falcata96 também é utilizado na medicina popular de modo análogo ao da copaíba97, como cicatrizante, antifúngico e bactericida96.

As utilizações da medicina popular para o óleo de copaíba são muitas15,21,44,98-102 e indicam uma grande variedade de propriedades farmacológicas. As principais atividades relatadas foram de antiinflamatório das vias superiores e inferiores e cicatrizante. A Tabela 1, abaixo, apresenta algumas das utilizações populares dos óleos de copaíba.

Devido ao grande número de indicações medicinais, o óleo de copaíba já foi considerado a verdadeira panacéia70, mas a sua utilização e, principalmente, sua prescrição médica diminuíram muito nas últimas décadas. À época do seu descobrimento pela terapêutica ocidental, algumas de suas principais propriedades foram deixadas de lado em função de sua grande atividade contra alguns males para os quais não havia medicação eficiente, como a blenorragia e a gonorréia. No século XVIII, a experiência secular já então limitava as indicações e o produto fez-se quase um específico para as vias urinárias. Assim o empregaram F. Hoffmann (1660-1742), W. Cullen (1710-1790) e J. Hunter (1748-1793) e Trousseau (1801-1867)70.

A descoberta neste século de agentes terapêuticos sintéticos mais eficientes, como a penicilina106, diminuiu bastante sua utilização.

Para outras indicações, como as propriedades cicatrizantes, para o qual o óleo de copaíba foi muitas vezes descrito, é pequena a utilização nos dias de hoje. Nos últimos anos, entretanto, o retorno à terapêutica natural trouxe de volta os fitoterápicos para as farmácias de todo o país, mas o conhecimento de sua utilização e suas aplicações se perderam, ou aparecem bastante confusos nas centenas de publicações que não apresentam mais que duas ou três propriedades farmacológicas já bastante conhecidas.

Algumas das propriedades hoje esquecidas são descritas por pesquisadores que estudaram sua utilização junto aos silvícolas. Um exemplo é a descrição de Bertoni105, que passou vários anos estudando os costumes dos índios guaranis no Paraguai:

"É evidente a ação do óleo de copaíba C. langsdorfii, no tratamento do reumatismo! Utiliza-se nas desinterias, em casos mais graves, onde a ipeca não resolvia. Em especial nos casos mais graves, com retite gangrenosa. (...) Era a essa resina que apelavam quando não queriam que as feridas deixassem nenhuma cicatriz."

Convivendo com os tapuias, Rosa70 foi um dos cronistas que melhor descreveu as utilizações do óleo de copaíba e a forma como deveria ser aplicado. As aplicações a quente e em compressas em partes externas só são encontradas em relatos mais antigos e hoje abandonadas da terapêutica. Rosa cita ainda a utilização do óleo em massagens na cabeça para curar paralisias, dores de cabeça e convulsões.

O chá das cascas e sementes da Copaifera também é indicado para diversos males, especialmente na Venezuela e Colômbia, onde são utilizados como anti-hemorroidal e purgativo115,116,122 e na Amazônia Brasileira é indicado no tratamento de moléstias pulmonares e asma34.

Na África Ocidental (Camarões) encontra-se apenas uma utilização medicinal para um óleo de copaíba específico, Copaifera religiosa, indicado no tratamento da sífilis e blenorragia123.

Em artigo recente, Fleury reviu as utilizações medicinais do óleo de copaíba na região da Guiana Francesa, onde é utilizado contra psoríase, leishmaniose e como cicatrizante e antiinflamatório97.

A disseminação da indústria de produtos naturais em todo mundo e no Brasil, nos últimos anos, levou à comercialização extensiva do óleo de copaíba pelos laboratórios farmacêuticos. Das pequenas cidades do interior da Amazônia, os óleos de copaíba são transportados para as cidades de Manaus e Belém, de onde são exportados para a Europa e América do Norte ou enviados para a região sudeste para serem vendidos pelas farmácias que comercializam produtos naturais. Os óleos podem ser encontrados nas farmácias de todo o país em diversas apresentações. As mais comuns são em cápsulas ou envasados em pequenos frascos de 30 ml.

No norte do Brasil, o caboclo faz amplo uso do óleo de copaíba. Ele o utiliza como produto medicinal e também como combustível na iluminação pública. As grandes distâncias, que devem ser vencidas na selva para encontrar as copaíbas, em geral 0,2-0,3 árvores por hectare, fazem com que a mistura do óleo de copaíba com outros óleos torne-se prática comum. Os mateiros muitas vezes armazenam no mesmo recipiente os óleos de todas as copaibeiras que encontram, sem se preocuparem se provêm de árvores da mesma espécie botânica. Também os misturam com bálsamo de gurjum e com óleos de espécies de Calophyllum, que possuem densidade e aroma semelhantes99.

É comum também a adulteração do óleo de copaíba com produtos de menor valor agregado, com o objetivo de diluir o óleo. Estas adulterações já eram descritas desde o começo do século tanto na Europa, onde o óleo, exportado, era misturado com óleo de madeira e colofane21, como no Brasil, onde publicações alemãs ensinavam como e onde comprar óleos de boa qualidade em cidades da Amazônia99,124. Hoje em dia ainda é comum que intermediários na comercialização do óleo de copaíba o misturem com água, óleo diesel e banha animal125. Essas adulterações devem ainda ser somadas àquelas praticadas pelos laboratórios farmacêuticos, que utilizam óleos vegetais comestíveis como a soja e o milho para a diluição. Só recentemente uma metodologia para detectar estas adulterações foi desenvolvida126.

A exportação dos óleos de copaíba para a Europa foi registrada desde o final do século XVIII,ocupando o segundo lugar nas exportações brasileiras de drogas medicinais127,128. Naquela época era comum que comunidades indígenas inteiras, da grande área que se estende desde a Região Amazônica até os estados de Maranhão e Mato Grosso, se ocupassem da extração do óleo82.

Os franceses foram os que mais se dedicaram ao estudo e exploração do óleo de copaíba no passado. No período que antecedeu a primeira grande guerra, Hamburgo, na Alemanha, era o principal centro de importação do óleo de copaíba do Brasil e o distribuía para a Europa (cerca de 50 ton./ano), sendo a França responsável pelo consumo de mais de 6 ton./ano52. No período de pós-guerra, entretanto, foi quando se alcançou os maiores valores globais de exportação do óleo, obtendo-se o máximo de 225 toneladas, no ano de 191893.

Com os dados que dispomos, nos períodos de 1796 a 1807, de 1839 a 187082, de 1901 a 193493 e de 1962 a 1996129-131, podemos observar que as grandes oscilações na quantidade de óleo exportada continua até os nossos dias, com o volume variando de 101 a 59 toneladas de óleo nos anos de 1994 e 1996, respectivamente. Essa oscilação e a pequena quantidade de óleo de copaíba consumida no mercado interno dificultam a organização de cooperativas extrativistas nos estados do norte do país e, conseqüentemente, a sobrevivência das comunidades que têm na exploração do óleo sua fonte de subsistência.

Outros períodos de grande volume de exportação foram nos anos de 1925 e 195382. A Figura 2 ilustra as variações no volume de exportações do Brasil de óleo de copaíba.


Nas últimas três décadas, o destino das exportações brasileiras de óleo de copaíba esteve dividido entre a França, a Alemanha, a Inglaterra e os Estados Unidos, este último o principal importador, alcançando 20,8 toneladas no ano de 1973129. Os últimos dados disponíveis datam de 1996. A partir de 1997, o óleo de copaíba, por apresentar pequeno volume no montante de produtos exportados, deixou de possuir estatística própria e passou a constar no volume de produtos minoritários dos anuários do IBGE. Segundo estes últimos dados, a Alemanha foi o país que mais importou o óleo de copaíba, superando Estados Unidos e França. A Figura 3 ilustra os principais importadores de óleo de copaíba e sua participação no volume total exportado entre 1962 e 1988, e em 1996129.


Na indústria de perfumes o óleo de copaíba é uma matéria-prima importante por ser um excelente fixador, com notas frescas e acres que combinam muito bem com as tradicionais notas florais132.

O óleo de copaíba é utilizado também nas indústrias de cosméticos97, por suas propriedades emolientes, como bactericida e antiinflamatório, na manufatura de sabonetes, cremes e espumas de banho, xampus133, cremes condicionadores134 loções hidratantes135 e capilares, para amaciar o cabelo22.

Na indústria de vernizes132, o óleo de copaíba é utilizado na formulação como secativo136, substituindo o óleo de linhaça. Na pintura com porcelana, o óleo atua como solvente para as tintas em pó mas como seca rapidamente (2 a 3 dias) deve ser utilizado em conjunto com outros óleos para que a pintura demore mais para secar136. Já na pintura em tela, o óleo é utilizado como "amolecedor" de vernizes de pinturas antigas, procedimento que pode gerar diluição também da camada de tinta, prejudicando a pintura56,137. A utilização do óleo de copaíba na indústria de fotografia, como acelerador21, também é citada na literatura.

Os óleos de copaíba, por serem muito ricos em hidrocarbonetos isoprenóides, podem ser convertidos, na presença de zeólitas, em misturas de substâncias poliaromáticas138. Por ser uma fonte rica e renovável de hidrocarbonetos, o uso do óleo de copaíba como combustível ecologicamente limpo tem sido extensamente avaliado. Calvin139-142 e Sierra143 descreveram as potencialidades do óleo como combustível, utilizado diretamente em mistura com óleo diesel numa proporção de 9 litros de óleo diesel para 1 litro de copaíba. Há também indicações na literatura da utilização do óleo de copaíba como aditivo para butadieno na confecção de borracha sintética144 e como inibidor de corrosão de aço em solução salina145. O óleo tem sido utilizado também como fonte de substrato quiral na síntese de biomarcadores de sedimentos e resíduos de petróleo146.

Devido à grande quantidade de aplicações, muitos estudos se detiveram na avaliação do potencial de produção dos óleos de copaíba. Alencar realizou estudos silviculturais de regeneração natural das árvores147, germinação148 e produção de óleos15. Em espécies de C. multijuga, observou que a espécie apresenta alta percentagem de germinação (87,5%) e que a produção de óleo-resina, a qual alcançou 7 litros por ano em uma das árvores, é ideal para a comercialização com fins medicinais. Para finalidades energéticas, entretanto, seria necessário o estabelecimento de plantações com sementes de árvores-mãe, ou seja, espécimes que apresentassem uma maior produção do óleo15. Estudos populacionais e de germinação também foram realizados em espécies de C. langsdorfii149, C. publifora150.

A casca da copaíba também encontra aplicações na tintura caseira, de onde se retira um corante amarelo, mediante cocção, utilizado para colorir fios de algodão151.

COMPOSTOS DETECTADOS NO GÊNERO Copaifera

Os estudos mais antigos acerca do óleo de copaíba datam do início do século XIX. Schweitzer, em 1829, foi o primeiro a descrever a solidificação do óleo de copaíba em uma substância que cristalizava após longo tempo em repouso. A esta substância deu o nome de ácido copaívico152. Flückiger observou um depósito similar no óleo de Copaifera officinalis, em Trinidad19. Fehling, em 1841, obteve um depósito cristalino diferente de uma copaíba do Pará, a que ele deu o nome de ácido oxycopaívico, de fórmula molecular C20H28O319 . Strauss19,152, em 1865, isolou outro ácido cristalino, de fórmula C22H34O4 , a que ele chamou de ácido meta-copaívico, com fusão entre 205 °C e 206 °C. Já no século XX, Tschirch encontrou os dois ácidos acima descritos, misturados a outros, não cristalizados19. Keto, seu colaborador, descobriu outros dois ácidos no óleo de copaíba do Pará, a que chamou de ácido paracopaívico, de fórmula C20H32O3, de ponto de fusão entre 142 °C e 145 °C; e ácido homoparacopaívico, de fórmula C18H28O3, fundindo entre 111 °C e 112 °C19.

O único destes ácidos que encontra similar nos diterpenos isolados e identificados após o advento das técnicas espectroscópicas parece ser o ácido paracopaívico. Delle Monache153, 70 anos depois de Keto, isolou o ácido ent-11-hidróxi-labda-8(17), 13-dieno-15-óico (diterpeno D20, na Tabela 3) do óleo de Copaifera multijuga, endêmico na Região Amazônica, que possui a mesma fórmula molecular e a mesma faixa de ponto de fusão154.

Após o trabalho realizado por Tschirch e Keto, em 1901155, Deussen em 191299,156, Gildeheister, em 1931124, Freise, em 193799 e Gottlieb e Iacham, em 1945157, realizaram estudos de densidade, solubilidade, índices de acidez e saponificação de óleos de copaíba de diferentes espécies, assim como da essência, separada por arraste a vapor157.

A composição química dos óleos de copaíba encontra-se definida em vários trabalhos, onde foram utilizadas técnicas mais antigas, bem como metodologias modernas de isolamento e de identificação, tais como cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC)158, cromatografia com fluido super-crítico com detetor de infravermelho (SFC-FT-IR)159 e cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas com colunas cromatográficas de fase estacionária quiral (b-ciclodextrina permetilada)160. Constatou-se serem os óleos constituídos por misturas de sesquiterpenos, predominantes na maioria deles, e de diterpenos161.

A Figura 4 ilustra um cromatograma típico de óleo de copaíba, obtido através de cromatografia gasosa de alta resolução, com coluna de baixa polaridade. Neste cromatograma, sesquiterpenos (eluídos entre 8 e 13 minutos) e diterpenos (eluídos entre 20 e 26 minutos) são observados nas duas regiões de eluição.


Pinto e colaboradores162 adaptaram a metodologia originalmente desenvolvida por McCarthy e Duthie163, utilizando coluna cromatográfica de sílica impregnada com KOH para a separação de ácidos carboxílicos em biolipídios (que foi depois modificada por Ramijak e Arpino para a separação de ácidos de alfaltos164). Esta adaptação foi utilizada na separação dos componentes do óleo de copaíba por classes de substâncias em: hidrocarbonetos, álcoois e ácidos carboxílicos, de acordo com o solvente utilizado para eluição da coluna165.

A maioria dos estudos realizados com óleos de copaíba visaram sua aplicação comercial na indústria de perfumes e cosméticos. A fração responsável pelo aroma do óleo de copaíba corresponde à dos sesquiterpenos. Estes compostos foram exaustivamente estudados e, hoje, o valor de concentrados de sesquiterpenos de Copaifera chega a ser 600 vezes maior do que o do óleo bruto166. Os sesquiterpenos são geralmente identificados por cromatografia gasosa de alta resolução (CGAR), através da comparação de seus índices de kóvats126. Óleos comerciais, obtidos de várias regiões do Brasil, foram analisados por CGAR, espectrometria de massas, mostrando uma grande quantidade sesquiterpenos (mais de 40) e diterpenos, provavelmente fruto de misturas de óleos de diversas espécies do gênero126. Alguns estudos citam o óleo essencial, obtido através da destilação direta, à pressão reduzida ou por arraste de vapor do óleo-resina, como o verdadeiro óleo de copaíba. Veiga Jr. e Pinto167 estudaram os óleos obtidos por diversas técnicas de destilação dos óleos de Copaifera multijuga e analisaram a composição da resina e da fração sesquiterpênica, verificando degradações provenientes do processo de destilação.

A Tabela 2 descreve os sesquiterpenos já encontrados nos óleos de Copaifera. Os compostos são citados como encontrados na literatura. Muitas das citações não diferenciam isômeros e apenas descrevem os compostos com nomes genéricos, como é o caso do cadineno, descrito somente como cadineno e também como a-cadineno, d-cadineno e g-cadineno. No óleo de C. cearensis um novo sesquiterpeno foi identificado: a avaliação olfatométrica através de cromatografia gasosa e análise de diluição do aroma no extrato (CG-Sniffing port-AEDA) levaram à identificação do álcool 1,5-dimetil-8-isopropilciclodeca-1,4-dieno-8-ol (S29) como sendo o principal constituinte do aroma, juntamente com o ledol e óxido de cariofileno, com contribuição secundária ao aroma total168.

Alguns compostos encontrados em óleos de copaíba apresentam aromas marcantes, sendo utilizados pela indústria de perfumes, como o a-humuleno169, cariofileno170, a- e b-selineno e b-bisaboleno171. Entre os sesquiterpenos que foram encontrados em óleos de copaíba, a-copaeno, b-cariofileno, b-bisaboleno, a e b-selineno, a-humuleno e d e g-cadineno foram descritos em grande parte dos óleos estudados.

Alguns autores172 relacionam a variação na composição dos óleos em função de fatores bióticos externos, tais como a injúria provocada por insetos ou fungos68. Um exemplo seria a produção de b-cariofileno, que é particularmente efetivo contra lepidópteros, e de seu óxido, que atua diretamente na inibição de fungos. As variações na composição sesquiterpênica dos óleos, porém, são muito grandes, descritas durante a maturação, ocorrendo sazonalmente em uma árvore, numa mesma espécie e entre espécies172. A presença de a-copaeno ou a-ilangeno nos óleos de copaíba, usualmente detectada através de cromatografia gasosa de alta resolução (CGAR), só pode ser confirmada utilizando-se a injeção realizada diretamente na coluna (On-Column), nas análises por CGAR, uma vez que os dois compostos sofrem isomerização durante a vaporização no injetor. A presença das duas séries de estereoisômeros entre os sesquiterpenos de óleos de copaíba é relatada na literatura160 para o a-copaeno, como 99% dextrógiro (+) e 1% levógiro (-). A presença majoritária do isômero (+) é importante pois somente o (+)-a-copaeno é efetivo na atração da mosca de fruta do Mediterrâneo, uma praga que ataca frutas e flores na Europa160.

Apesar da extensa literatura sobre óleos de copaíba, poucas referências discriminam a espécie de Copaifera que está sendo estudada. Somente 5 espécies têm sua composição química descrita na literatura. Muitos artigos não definem o local da coleta do óleo e outros citam locais onde a espécie não é endêmica. As espécies de Copaifera estudadas com identificação botânica, de acordo com sua localização, são: C. multijuga Hayne, abundante na região Amazônica, C. langsdorfii Desf., encontrada na região do cerrado, no nordeste, centro-oeste e sudeste brasileiro, C. cearensis Huber ex Ducke, nordeste brasileiro e C. officinalis L. e C. reticulata Ducke encontradas ao norte da Amazônia ocidental na região que se estende até a Venezuela5.

Os 28 diterpenos, descritos nos óleos de copaíba estudados, pertencem aos esqueletos caurano, labdano e clerodano (Figura 5). Em estudo realizado com diversos óleos de copaíba provenientes de várias regiões do Brasil, o ácido copálico foi o único encontrado em todos os óleos analisados126. Por esta razão, este diterpeno ácido pode ser usado como biomarcador de óleos de copaíba126.


As estruturas dos cauranos, clerodanos e labdanos já detectados nos óleos de copaíba são apresentadas nas Figuras 6, 7 e 8, respectivamente. Somente dois cauranos foram descritos: os ácidos 19-ent-cauranóico (D1) e 19-ent-caurenóico (D2). O número de clerodanos e labdanos descritos de Copaifera é bastante próximo (12 e 13, respectivamente). Um dos aspectos estruturais mais marcantes nestes diterpenos é a presença das duas séries de enantiômeros entre labdanos e clerodanos. É descrito também o clerodano D14, com diferente estereoquímica da junção dos anéis A e B da decalina, apresentando o carbono 19 na posição b (vide Figura 7). A presença de anel furano ou lactona na cadeia lateral é bastante comum, aparecendo em metade dos clerodanos detectados, nos labdanos, e também no ácido patagônico, D25.




Nos esqueletos clerodano e labdano foram encontrados compostos da série normal (D3 a D6 e D15 a D19, Figuras 7 e 8, respectivamente) e da série enantio (D7 a D14 e D20 a D27, respectivamente). Hidroxilas e carboxilas são encontradas nas posições 3, 11, 15 e 18 e em 15, 18 e 19, respectivamente, com insaturações mais comuns em 3-4, 7-8, 8-17 e 13-14.

Norlabdanos e carbonilas cetônicas são descritos em somente uma publicação185 (o dinorlabdano D18), isolados de um óleo de copaíba comercial. Nesta mesma publicação, um clerodano acetilado pouco comum nos óleos de copaíba, também foi descrito (D9).

Não só os óleos exudados do tronco das copaibeiras foram estudados quimicamente. Langenheim68 e colaboradores realizaram estudos quimiossistemáticos, buscando relacionar os padrões de variação da composição dos sesquiterpenos dos óleos de C. multijuga, C. langsdorfii, C. officinalis e C. pubiflora e a encontrada na resina extraída de suas folhas, obtida por técnicas de arraste a vapor. A composição e produção dos óleos em relação a variações diurnas172, sazonais179,180, de intensidade de luz181 e nutrientes do solo e em comparação com gêneros correlatos como Hymenaea, foram extensamente relatados por estes autores, que descrevem a presença de hidrocarbonetos e álcoois sesquiterpênicos e fenóis193.

Estudos fitoquímicos foram também realizados com as sementes de Copaifera salikounda Heck., uma espécie do sul da África Ocidental194, sendo detectadas cumarinas. Em estudos mais recentes realizados com o óleo das sementes de uma espécie de Copaifera brasileira foram encontrados cumarinas (0,15 %) e os ácidos palmítico (24,9 %), oléico (35,3%), linoléico (35,7 %), araquidínico (1,1%) e beênico (3,0%)173. Estudos realizados com óleos de sementes de C. langsdorfii mostraram a presença da cumarina umbeliferona173 e de oligossacarídeos xiloglucânicos195,196 com rendimento de 40 % do peso seco da semente e alto peso molecular (2.000.000)197.

Aminoácidos não proteicos, como o N-metil-trans-4-hidroxi-L prolina, foram encontrados como cerca de 2-3% do peso seco das folhas das espécies C. langsdorfii, C. multijuga, C. pubiflora, C. venezuelana e C. officinalis198.

PROPRIEDADES MEDICINAIS

O Food and Drug Administration (FDA), órgão de regulamentação de drogas e alimentos do governo americano, aprovou o óleo de copaíba em 1972199. Testes de irritação e sensibilização do óleo de copaíba foram realizados com 25 voluntários, não se observando estes tipos de reação200.

Entre as propriedades medicinais dos óleos de copaíba a mais estudada foi a antiinflamatória. Zanini e colaboradores184 estudaram a atividade antiinflamatória do óleo em ratos utilizando diversos modelos, como inibição de edema induzido por carragenina, inibição de formação de granuloma "Cotton-pellet" e aumento de permeabilidade vascular. Seus resultados indicam que o óleo possui atividade antiinflamatória e baixa toxidez (DL50 3.79 ml/kg). Apesar dos efeitos adversos por altas doses do óleo (irritação gastro-intestinal, diarréia, sialorréia e depressão do sistema nervoso central), seu uso é plenamente justificado na medicina popular. O estudo feito por Zanini e colaboradores184 foi realizado com óleo comercial, sem identificação botânica da espécie que o produziu.

Fernandes e colaboradores192 estudaram o efeito analgésico e antiinflamatório dos óleos de Copaifera cearensis, comparado-os com os da indometacina e com o de alguns derivados isolados de óleos de copaíba como o ácido copálico, o éster metílico do ácido solidago e bisabolol. Os resultados do estudo indicam que o óleo possui atividades antiinflamatória e analgésica maiores que aquela dos três compostos estudados isoladamente, porém menores que as da indometacina192.

Estudos recentes realizados com diversos óleos de copaíba comerciais201 e de Copaifera multijuga mostram que a fração que contém hidrocarbonetos tem maior atividade antiinflamatória do que as frações de álcoois sesquiterpênicos e ácidos diterpênicos.

Óleos de copaíba comerciais mostraram atividades de proteção contra a penetração de cercárias de Schistosoma mansoni202, e como cercaricida191,203, piscicida191 e repelente de insetos204,205. Atividades antimicrobiana e antibacteriana206,207,208,209,210,211 também são relatadas na literatura.

Estudos de absorção na pele de camundongos, entretanto, mostraram que a absorção percutânea do óleo de copaíba é muito lenta, por volta de noventa e dois minutos212.

A atividade anti-tumoral de óleos de Copaifera langsdorfii foi observada contra carcinoma IMC, em camundongos187. O fracionamento guiado por bioensaio mostrou que os diterpenos colavenol (D11) e o ácido hardwíckico (D8) apresentam potente atividade anti-tumoral, sem, contudo, apresentarem citotoxicidade contra as mesmas células187. Para os óleos de C. multijuga a atividade anti-tumoral vem sendo estudada in vivo e in vitro, sendo observada esta atividade também para o óleo desta espécie. Nestes estudos, o óleo de C. multijuga tem inibido o crescimento tumoral (melanoma murino B16F10) através da redução da formação dos nódulos de metástase no tecido pulmonar213. Experimentos de viabilidade celular, realizados in vitro com este mesmo óleo, mostram uma significativa redução no número de células de melanoma viáveis213. O óleo de Copaifera multijuga mostrou-se também tóxico e com potente atividade antitumoral tempo e dose dependente em ensaios contra células de mastocitoma murino P815214.

Óleos das espécies Copaifera multijuga, Copaifera cearensis e Copaifera reticulata foram avaliados também quanto às atividades antiinflamatória no modelo de pleurisia em camundongos, antineoplásica in vitro e tripanossomicida215.

No ensaio de atividade antiinflamatória a pleurisia é induzida por carragenina, LPS (lipopolissacarídeo extraído da parede de E.coli) ou reação alérgica. Na reação inflamatória induzida por carragenina, nenhum dos óleos testados foi capaz de inibir o extravasamento de proteínas plasmáticas ou a migração de células que ocorre 4 horas após o estímulo inflamatório. Na reação inflamatória induzida 24h após a injeção de LPS ou estímulo alérgico (ovoalbumina em animais previamente sensibilizados), o óleo de Copaifera reticulata foi capaz de inibir significativamente a migração de eosinófilos, enquanto os outros dois óleos não apresentaram efeito na dose testada (100mg/kg)215.

Na avaliação da atividade antineoplásica in vitro dos óleos destas três espécies, foi verificada a capacidade de inibição da proliferação da linhagem Sp2/0 (mieloma de camundongo). Os três óleos testados (250 mg/poço) foram capazes de inibir significativamente a proliferação celular (medida através de incorporação de timidina [metil-3H]215.

No ensaio de atividade tripanossomicida, estes três óleos foram colocados em contato (250 mg/poço) com cultura de formas tripomastigotas de T. cruzi durante 48h. Observou-se que o óleo de Copaifera multijuga foi capaz de matar 100% dos parasitas, enquanto que os óleos de Copaifera cearensis e Copaifera reticulata mataram 87% dos T. cruzi, indicando uma potente atividade215.

A atividade gastroprotetora do óleo de Copaifera langsdorfii foi avaliada em lesões gástricas induzidas por etanol e indometacina. Ratos pré-tratados com o óleo desta copaíba foram protegidos em doses a partir de 400 mg/kg. Os resultados obtidos sugerem que a ação deste óleo se deve à diminuição de acidez gástrica, provavelmente através da promoção da secreção de muco gástrico e bicarbonato216. Estudos realizados com óleo de copaíba comercial em ratos mostraram a ocorrência de diarréia, perda de peso e ação irritante no comportamento de ratos em doses de 0,63 ml/kg217.

As propriedades cicatrizantes de feridas e úlceras, uma das principais indicações dos óleos de copaíba, foram estudadas em óleos comerciais por Brito218,219 e nos óleos de Copaifera langsdorfii, por Rao220.

Nos estudos de Brito, realizados em modelo de ferida aberta, os ratos que receberam óleo de copaíba na região dorsal apresentaram aumento de tecido de granulação e do número de vasos sanguíneos, porém, diminuição da quantidade de fibras colágenas218,219.

Nos experimentos realizados por Rao, o óleo mostrou-se bastante ativo nos ratos em modelos de ferida aberta, resistência à tensão e úlcera crônica de estômago, produzida por ácido acético220.

Uma das áreas em que se vem pesquisando intensamente a utilização do óleo de copaíba atualmente é a odontológica221-223. Bandeira estudou a composição do óleo essencial, separado da resina do óleo de Copaifera multijuga e sua compatibilidade biológica em molares de rato, associados ao hidróxido de cálcio como veículo224,225 e as atividades bactericida e bacteriostática das duas frações frente ao óleo bruto226. Os resultados de biocompatibilidade, obtidos com hidróxido de cálcio misturado ao óleo essencial do óleo de Copaifera multijuga, mostraram um melhor desempenho histopatológico que aquele com o hidróxido de cálcio misturado ao óleo de copaíba e ao polietilenoglicol, utilizado tradicionalmente225. Os estudos de atividade antibacteriana mostraram maiores atividades bactericida e bacteriostática do óleo de Copaifera multijuga, frente a Streptococcus mutans, enquanto o óleo essencial apresentou melhor ação bactericida e a resina apresentou-se apenas bacteriostática226.

Propriedades anti-oxidantes são descritas para o extrato metanólico das cascas de C. reticulata. Testado quanto à redução de radicais livres indutores de dano ao DNA, o extrato metanólico mostrou-se bastante ativo, apresentando CI50 3 mg/ml, menor que o padrão utilizado, catequina (CI50 5 mg/ml)227. O potencial anti-oxidante reativo total deste extrato também foi analisado quanto à redução de radicais livres em ensaios de quimioluminescência, mostrando uma atividade de 7500 mM, em valores relativos ao padrão, Trolox228.

Extratos das sementes de C. multijuga foram analisadas quanto às atividades hemolítica e aglutinante, sendo que somente a primeira foi comprovada215.

Vários dos compostos já isolados ou detectados nos óleos de copaíba já tiveram propriedades farmacológicas, descritas na literatura. Entre os sesquiterpenos, alguns propriedades como anti-úlcera230, anti-viral231 e anti-rinovírus231 são descritas para o ar-curcumeno e o b-bisaboleno, este último também descrito como abortivo232. O bisabolol é conhecido por conferir as propriedades antiinflamatória e analgésica à camomila (Matricaria chamomilla)233, o b-elemeno é descrito como anticâncer (cérvico)234 e cariofileno e d-cadineno como anti-cariogênicos235, sendo este último também bactericida (CMI 800ug/ml)235.

Entre estes, entretanto, os que foram mais estudados e se mostraram ativos num maior número de ensaios foram o cariofileno e seu óxido. O cariofileno é descrito na literatura como: anti-edêmico236, fagorrepelente237, antiinflamatório (CI50=100uM)236, antitumoral238, bactericida239, insetífugo240 e anti-alérgico241. Algumas destas atividades são também conferidas ao óxido236,237,238, além de inseticida242.

O ácido caurenóico (D2) é descrito na literatura como tripanossomicida243, atividade conferida também a óleos de copaíba que não contêm este diterpeno230. Estudos realizados com ácido caurenóico isolado de Copaifera langsdorfii mostram também atividade relaxante do músculo liso, sobre contrações uterinas induzidas244.

CONCLUSÃO

Apesar da extensa literatura que trata dos óleos de copaíba, poucos são os artigos onde é encontrada a identificação botânica da espécie estudada. Os estudos de atividade biológica confirmam a sabedoria popular e o conhecimento adquirido dos índios pelos portugueses já no início da colonização. Poucos deles, porém, conseguem identificar os princípios ativos apesar de sugerirem que compostos fortemente ativos estão presentes.

Tudo isso indica que apesar de toda a pesquisa já realizada, os óleos de copaíba são potencialmente importantes como fonte de princípios ativos em farmacologia.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem ao professor Dr. R. B. de Alencastro, do Instituto de Química da UFRJ, ao doutor H. C. de Lima, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, à doutora M. A. Maciel e ao antropólogo D. Carrara pelas valorosas sugestões e pelo apoio financeiro concedido pelo CNPq, CAPES e PRONEX-FINEP 41.96,00911.00-4002-96.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    31 Jul 2002
  • Data do Fascículo
    Maio 2002

Histórico

  • Aceito
    04 Jul 2001
  • Recebido
    12 Dez 2000
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