Clinical, radiological and cerebrospinal fluid presentation of neurocysticercosis: a prospective study

Bittencourt, P. R. M.; Costa, A. J.; Oliveira, T. V.; Gracia, C. M.; Gorz, A. M.; Mazer, S.

doi:10.1590/S0004-282X1990000300004

Abstracts

The wide clinical spectrum of neurocysticercosis has led to many attempts at clinical, radiological, CSF and other classifications. Based on an objective review of the relevant literature and on a prospective study of 42 patients with active neurocysticercosis, a new classification is proposed, based on clinical, tomographic, magnetic resonance and CSF evidence of viability of cysts. The first step is to define whether the disease is active or not. Inactive disease may be parenchymal calcifications or hydrocephalus. Active disease may be intraparenchymal, extraparenchymal or mixed. Statistical analysis of 42 cases with active disease shows intraparenchymal disease to occur in younger patients, perhaps more frequently in females, and to have a better prognosis than extraparenchymal of mixed disease. The latter appears to have the worst prognosis. Therapeutic implications are that only active disease warrants etiological therapy. There remain doubts about the best therapy for some infrequent subtypes of extraparenchymal and mixed disease.

O amplo espectro clínico da neurocisticercose deu espaço a muitas tentativas de classificações clínicas, radiológicas e de LCR, entre outras. Baseados em revisão objetiva da literatura relevante e em estudo prospectivo de 42 casos de doença ativa, nova classificação é proposta com base em evidências clínicas, tomográficas, de ressonância magnética ou LCR indicando viabilidade de cistos. O primeiro passo é estabelecer se a doença é ou não ativa. Doença inativa pode ser representada por calcificações intraparenquimatosas ou hidrocefalia. Doença ativa pode ser intra ou extraparenquimatosa, ou mista. Análise estatística de 42 casos com doença ativa demonstra que doença intraparenquimatosa ocorre em um grupo mais jovem, talvez mais no sexo feminino, e tem melhor prognóstico que doença extraparenquimatosa ou mista. Doença mista parece ter o pior prognóstico. Implicações terapêuticas são que somente doença ativa deve receber tratamento etiológico. Permanecem dúvidas sobre a melhor conduta em algumas formas infreqüentes de doença extraparenquimatosa ou mista.

Clinical, radiological and cerebrospinal fluid presentation of neurocysticercosis a prospective study

Apresentação clínica, radiologica e no liqüido cefalorraquidiano da neurocisticercose: estudo prospectivo

P. R. M. Bittencourt^I; A. J. Costa^II; T. V. Oliveira^II; C. M. Gracia^III; A. M. Gorz^III; S. Mazer^IV

^IChefe da Unidade - Unidades de Neurologia Clínica e Tomografia Computadorizada, Hospital Nossa Senhora das Graças

^IIResidente em Neurologia - Unidades de Neurologia Clínica e Tomografia Computadorizada, Hospital Nossa Senhora das Graças

^IIINeurologista - Unidades de Neurologia Clínica e Tomografia Computadorizada, Hospital Nossa Senhora das Graças

^IVRadiologista - Unidades de Neurologia Clínica e Tomografia Computadorizada, Hospital Nossa Senhora das Graças

SUMMARY

The wide clinical spectrum of neurocysticercosis has led to many attempts at clinical, radiological, CSF and other classifications. Based on an objective review of the relevant literature and on a prospective study of 42 patients with active neurocysticercosis, a new classification is proposed, based on clinical, tomographic, magnetic resonance and CSF evidence of viability of cysts. The first step is to define whether the disease is active or not. Inactive disease may be parenchymal calcifications or hydrocephalus. Active disease may be intraparenchymal, extraparenchymal or mixed. Statistical analysis of 42 cases with active disease shows intraparenchymal disease to occur in younger patients, perhaps more frequently in females, and to have a better prognosis than extraparenchymal of mixed disease. The latter appears to have the worst prognosis. Therapeutic implications are that only active disease warrants etiological therapy. There remain doubts about the best therapy for some infrequent subtypes of extraparenchymal and mixed disease.

RESUMO

O amplo espectro clínico da neurocisticercose deu espaço a muitas tentativas de classificações clínicas, radiológicas e de LCR, entre outras. Baseados em revisão objetiva da literatura relevante e em estudo prospectivo de 42 casos de doença ativa, nova classificação é proposta com base em evidências clínicas, tomográficas, de ressonância magnética ou LCR indicando viabilidade de cistos. O primeiro passo é estabelecer se a doença é ou não ativa. Doença inativa pode ser representada por calcificações intraparenquimatosas ou hidrocefalia. Doença ativa pode ser intra ou extraparenquimatosa, ou mista. Análise estatística de 42 casos com doença ativa demonstra que doença intraparenquimatosa ocorre em um grupo mais jovem, talvez mais no sexo feminino, e tem melhor prognóstico que doença extraparenquimatosa ou mista. Doença mista parece ter o pior prognóstico. Implicações terapêuticas são que somente doença ativa deve receber tratamento etiológico. Permanecem dúvidas sobre a melhor conduta em algumas formas infreqüentes de doença extraparenquimatosa ou mista.

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Dr. Paulo R. M. de Bittencourt - Unidade de Neurologia Cínica, Hospital Nossa Senhora das Graças - Rua Alcides Munhoz 4S3 - 80510 Curitiba PR - Brasil.

1. Bia JF, Barry M - Parasitic infections of the central nervous system. In Boss J, Thornton G (eds): Infectious Diseases of the Central Nervous System. Neurologic Clinics 4:171, 1986.
2. Bittencourt PRM, Gracia CM, Lorenzana P - Epilepsy and parasitosis of the central nervous system. In Pedley T, Meldrum B (eds): Recent Advances in Epilepsy, Vol 4. Churchill-Livingstone, Edinburgh, 1988, pg 123.
3. Bittencourt PRM, Oliveira TV, Mazer S - Praziquantel for neurocysticercosis. J Neurol 232:217, 1985.
4. Bittencourt PRM, Gorz AM, Oliveira TV, Mazer S - Neurocysticercosis: conceptos básicos de clinica, diagnóstico y tratamiento. Parte I. Acta Neurológica (Colombia) 2:11, 1986.
5. Bittencourt PRM, Gracia CM, Gorz AM, Oliveira TV - High dose praziquantel for neurocysticercosis: efficacy and tolerability. Eur Neurol (in press).
6. Botero D, Castaño S - Treatment of cysticercosis with praziquantel in Colombia. Am J Trop Med Hyg 31:810, 1982.
7. Braga FM, Ferraz FAP - Forma edematosa da neurocisticercose. Arq Neuro-Psiquiat (São Paulo) 39:434, 1981.
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10. deMorais-Rego SF, Latuf NL - Cisticercose do quarto ventrículo simulando neoplasia da fossa posterior à cintilografia cerebral. Arq Neuro-Psiquiat (São Paulo) 36:371, 1978.
11. Escobar A - The pathology of neurocysticercosis. In Palacios E, Rodriguez-Carbajal J, Tavares JM (eds): Cysticercosis of Central Nervous System. Charles C. Thomas, Springfield, 1983, pg 27.
12. Escobedo F, Penagos P, Rodriguez J, Sotelo J - Albendazole therapy for neurocysticercosis. Arch Intern Med 147:738, 1987.
13. Facure NO, Facure JJ, Nucci A - Aspecto tumoral da cisticercose intracraniana. Arq Neuro-Psiquiat (São Paulo) 36:200, 1978.
14. Lange O - Síndrome liquórica da cisticercose encefalo-meningéia. Rev Neurol Psiquiat (São Paulo) 6:35, 1940.
15. Livramento JA, Costa JM, Machado LR, Nóbrega JFS, Spina-França A - ELISA (IgG e IgM) no LCR e soro na neurocisticercose em tratamento com praziquantel: comparação com reações de fixação do complemento e imunofluorescência. Arq Neuro-Psiquiat (São Paulo) 43:267, 1985.
16. Loo L, Braude A - Cerebral cysticercosis in San Diego: a report of 23 cases and a review of the literature. Medicine 61:341, 1982.
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29. Vasconcelos D, Cruz-Segura H, Mateos-Gomes H, Alanis GZ - Selective indications for the use of praziquantel in the treatment of brain cysticercosis. J Neurol Neurosurg Psychiat 50:383, 1987.
30. Vasquez ML, Jung H, Sotelo J - Plasma levels of praziquantel decrease when dexamethasone is given simultaneously. Neurology 37:1561, 1987.
31. Zavala JT - Etiology of cysticercosis. In Palacios E, Rodriguez-Carbajal J, Taveras JM (eds): Cysticercosis of the Central Nervous System. Charles C. Thomas, Springfield, 1983, pg 18.

Publication Dates

Publication in this collection
26 May 2011
Date of issue
Sept 1990

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

[1] 1. Bia JF, Barry M - Parasitic infections of the central nervous system. In Boss J, Thornton G (eds): Infectious Diseases of the Central Nervous System. Neurologic Clinics 4:171, 1986.

[2] 2. Bittencourt PRM, Gracia CM, Lorenzana P - Epilepsy and parasitosis of the central nervous system. In Pedley T, Meldrum B (eds): Recent Advances in Epilepsy, Vol 4. Churchill-Livingstone, Edinburgh, 1988, pg 123.

[3] 3. Bittencourt PRM, Oliveira TV, Mazer S - Praziquantel for neurocysticercosis. J Neurol 232:217, 1985.

[4] 4. Bittencourt PRM, Gorz AM, Oliveira TV, Mazer S - Neurocysticercosis: conceptos básicos de clinica, diagnóstico y tratamiento. Parte I. Acta Neurológica (Colombia) 2:11, 1986.

[5] 5. Bittencourt PRM, Gracia CM, Gorz AM, Oliveira TV - High dose praziquantel for neurocysticercosis: efficacy and tolerability. Eur Neurol (in press).

[6] 6. Botero D, Castaño S - Treatment of cysticercosis with praziquantel in Colombia. Am J Trop Med Hyg 31:810, 1982.

[7] 7. Braga FM, Ferraz FAP - Forma edematosa da neurocisticercose. Arq Neuro-Psiquiat (São Paulo) 39:434, 1981.

[8] 8. Campos GB, Perpétuo FOL - Neurocisticercosis. In Neves J (ed): Diagnóstico e Tratamento das Doenças Infectuosas e Parasitárias. Ed 2. Guanabara-Koogan, Rio, 1983, pg 959.

[9] 9. Canelas HM - Neurocysticercosis: its incidence, diagnosis and clinical forms. In Van Bogaert L, Kafer JP, Poch GF (eds): Tropical Neurology. Lopez, Buenos Aires, 1963, pg 149.

[10] 10. deMorais-Rego SF, Latuf NL - Cisticercose do quarto ventrículo simulando neoplasia da fossa posterior à cintilografia cerebral. Arq Neuro-Psiquiat (São Paulo) 36:371, 1978.

[11] 11. Escobar A - The pathology of neurocysticercosis. In Palacios E, Rodriguez-Carbajal J, Tavares JM (eds): Cysticercosis of Central Nervous System. Charles C. Thomas, Springfield, 1983, pg 27.

[12] 12. Escobedo F, Penagos P, Rodriguez J, Sotelo J - Albendazole therapy for neurocysticercosis. Arch Intern Med 147:738, 1987.

[13] 13. Facure NO, Facure JJ, Nucci A - Aspecto tumoral da cisticercose intracraniana. Arq Neuro-Psiquiat (São Paulo) 36:200, 1978.

[14] 14. Lange O - Síndrome liquórica da cisticercose encefalo-meningéia. Rev Neurol Psiquiat (São Paulo) 6:35, 1940.

[15] 15. Livramento JA, Costa JM, Machado LR, Nóbrega JFS, Spina-França A - ELISA (IgG e IgM) no LCR e soro na neurocisticercose em tratamento com praziquantel: comparação com reações de fixação do complemento e imunofluorescência. Arq Neuro-Psiquiat (São Paulo) 43:267, 1985.

[16] 16. Loo L, Braude A - Cerebral cysticercosis in San Diego: a report of 23 cases and a review of the literature. Medicine 61:341, 1982.

[17] 17. López-Hernandez AR, Garaizar C - Childhood cerebral cysticercosis: clinical features and computed tomographic findings in 89 Mexican children. Canad J Neurol Sci 9:401, 1982.

[18] 18. Mazer S, Antoniuk A, Ditzel LFS, Araúio JC - The computed tomographic spectrum of cerebral cysticercosis. Comput Radiol 7:373, 1983.

[19] 19. McCormick GF, Zee CS, Heiden J - Cysticercosis cerebri: review of 127 cases. Arch Neurol 39:534, 1982.

[20] 20. Minguetti G, Ferreira MVC - Computed tomography in neurocysticercosis. J Neurol Neurosurg Psychiat 46:936, 1983.

[21] 21. Rodriguez-Carbajal J, Salgado P, Gutierrez-Alvarado R, Arutto C, Palácios E - The acute encephalitic phase of neurocysticercosis: computed and tomographic manifestations. Am J Neuroradiol 4:51, 1983.

[22] 22. Sotelo J, Marin C - Hydrocephalus secondary to cysticercotic arachnoiditis: a long-term follow-up review of 92 cases. J Neurosurg 66:686, 1987.

[23] 23. Sotelo J, Guerrero V, Rubio F - Neurocysticercosis: a new classification based on active and inactive forms. A study of 753 cases. Arch Intern Med 145:442, 1985.

[24] 24. Sotelo J, Escobedo F, Rodriguez-Carbajal J, Torres B, Rubio-Donnadieu F - Therapy of parenchymal cysticercosis with praziquantel. N Engl J Med 310:1001, 1984.

[25] 25. Spina-França A, Livramento JA, Bacheschi LA, Garcia-Lopes P - Cerebrospinal fluid immunoglobulins in cysticercosis of the central nervous system. Arq Neuro-Psiquiat (São Paulo) 34:40, 1976.

[26] 26. Spina-França A, Nóbrega JPS - Neurocisticercose e praziquantel. Arq Neuro-Psiquiat (São Paulo) 39:279, 1981.

[27] 27. Stepien L, Chorobski J - Cysticercosis cerebri and its operative treatment. Arch Neurol Psychiat 61:449, 1949.

[28] 28. Takayanagui OM, Jardim E - Aspectos clínicos da neurocisticercose. Arq Neuro-Psiquiat (São Paulo) 41:50, 1983.

[29] 29. Vasconcelos D, Cruz-Segura H, Mateos-Gomes H, Alanis GZ - Selective indications for the use of praziquantel in the treatment of brain cysticercosis. J Neurol Neurosurg Psychiat 50:383, 1987.

[30] 30. Vasquez ML, Jung H, Sotelo J - Plasma levels of praziquantel decrease when dexamethasone is given simultaneously. Neurology 37:1561, 1987.

[31] 31. Zavala JT - Etiology of cysticercosis. In Palacios E, Rodriguez-Carbajal J, Taveras JM (eds): Cysticercosis of the Central Nervous System. Charles C. Thomas, Springfield, 1983, pg 18.